terça-feira, maio 31, 2005

O Bem e o Mal

«O Bem é apenas um ponto de vista» Palpatine em Star Wars-episode III. Será que sim? Será que o que julgamos ser o Bem não passa apenas do nosso ponto de vista? Não será o Bem apenas aquilo que é bom para nós? Será que temos de praticar o Mal para saber o que é o Bem?
Sem dúvida que o magnífico episódio III, fez-me pensar muito e abanou os meus sistemas internos. Surpreendeu-me, sem dúvida, pela profundidade psicológica das personagens, pelo dramatismo a tocar a tragédia grega. E nunca um filme de ficção científica me tinha tocado tanto. Revi-me no filme, como acho que qualquer pessoa se revê pois a questão essencial do filme não é apenas a transformação de uma pessoa "boa" (Anakin) em "má" (Darth Vader), é muito mais que isso. Tem a ver com muita coisa por que todos nós humanos passamos na nossa existência: o facto de nos deixarmos levar pelas emoções, a dependência relativamente aos outros, os mal- entendidos, a busca da Verdade ou do Bem por caminhos errados, a verdadeira amizade, a tragédia de perder alguém que amamos, a traição (na amizade e no amor), o deixarmo-nos levar pela razão em vez do coração, o ser fiel aos nosso princípios independentemente do resto, as mudanças que ocorrem em nós próprios e na nossa maneira de pensar e de agir ao longo da vida. Todos estes aspectos e muitos outros são abordados neste episódio e de uma forma muito intensa pois existe uma ruptura. Realmente muita coisa que já fizemos no passado e julgámos correcto, sabemos agora que estava errado, o que nos garante que estamos do "lado correcto"? Estamos sempre a agir pelo que num dado momento julgamos que é o melhor para nós (mesmo que não o seja verdadeiramente) ou pelo que num dado momento nos dá mais prazer. Mesmo quando fazemos algo pelos outros, estamos no fundo a pensar no nosso bem, no prazer que nos dá, na nossa satisfação. Quer queiramos quer não, o que é verdaeiramente importante para nós somos nós mesmos. Tomando como exemplo o Anakin Skywalker, ele julgava estar a proceder bem ao tentar salvar a mulher da morte , mas no fundo ele queria fazê-lo apenas por si, não queria sofrer, não queria perdê-la. Nós somos assim também. Nós identificamo-nos com o Anakin, não os Jedis como o Obi-Wan ou o Yoda que quase que nascem ensinados, que caminham sempre do lado do Bem, que não passam por lutas interiores tão intensas e dramáticas, que têm a Verdade na ponta da língua, que são uma espécie de deuses controlados e estáveis, muito distantes dos padecimentos humanos. Mas não são heróis. Herói é o Anakin/Darth Vader e todos nós por termos de passar pelo Mal para saber o que é o Bem, por termos de sofrer para saber o que é o prazer, por termos de morrer para saber o que é viver. E quem no final consegue o equilíbrio do mundo? Não são os Jedis, mas o traidor arrependido, aquele que lutou pelo Bem, continuou a lutar pelo seu próprio Bem, pensando que estava no lado correcto e que, finalmente, olhou para trás, viu o que fez, viu a Verdade e tudo recompôs. Graças a Deus que somos imperfeitos e que temos a oportunidade de escolher dois caminhos! Não haveria dois caminhos se um deles não pudesse ser escolhido. Talvez afinal o Mal não seja assim tão mau e o Bem não seja assim tão bom...como alguns dizem.

Anakin/Darth Vader

quinta-feira, maio 26, 2005

The Best One!

After watching the last episode of the Star Wars saga I found myself reading a lot of articles in the internet criticising and devaluing this last episode, wether it was because it hadn't enough action or because of certain "exagerated" scenes like the one with Darth Vader screaming "NOOOO" after knowing that Padmé was supposedly dead. Although Darth Vader's " NOOOOOO" seemed a bit strange in that context I understand why it had to be like that.As Vader has a mask, his feelings cannot be shown by his expression (which Hayden so well performed ), there was no other way to show his anger and his last expression of feelings until episode VI. At that point, Anakin was gone.


In my opinion this was the best one, although this episode belongs to a second trilogy which is completely different from the first one. The first trilogy is defined by certain aspects that this one is not as, for example, the fact that it has got more action, more story and the special effects and resources possible at the time. The first trilogy is excellent!The second one works on a different level: the characters and their psychological depth. Episode III was highly emotional which for action and sci-fi fans may not be so good but for me it enriched the movie a lot. Personally, this episode is the best one, not only because it exploits the other side of the characters ( the emotional side) but also because it was really well done and shows how much George Lucas has grown in his direction. We identify a lot with Anakin for he shows his feelings and his feelings disturb him. Human beings are beings of passions. Fellings made him fall and made him rise again and fulfil the profecy. The Hero is not Luke but Anakin who has to experience the Dark side to truly know what's the Good side and the side of the Force.***** stars to George Lucas and Star Wars!!!

quinta-feira, maio 19, 2005

O mar

Pareceu-me uma boa ideia, para aliviar um pouco o blog, colocar estas duas fotos que se seguem.



Decidi escolher estas duas em especial porque, para além de serem muito bonitas, são imagens do mar, pelo qual eu tenho um fascínio especial.

Em memória do cantor, escritor e compositor de música, pintor e poeta Charles Trenet, (1913-2001), coloco aqui a letra de uma das suas canções, La Mer, que se adequa às imagens.

Foi curioso saber através das minhas pesquisas que esta canção foi traduzida para inglês (mal e porcamente pois pouco tem a ver com a letra original) e adaptada para a banda sonora do filme Beyond the sea com o famoso Kevin Spacey e a estreante Kate Bosworth.(ver trailer)

La Mer

La mer
La mer qu'on voit danser
Le long des golfes clairs
A des reflets d'argent
La mer des reflets changeants
Sous la pluie

La mer au ciel d'été
Confond ses blancs moutons
Avec les anges si purs
La mer bergère d'azur
Infinie

Voyez près des étangs
Ces grands roseaux mouillés
Voyez ces oiseaux blancs
Et ces maisons rouillées

La mer les a bercés
Le long des golfes clairs
Et d'une chanson d'amour
La mer a bercé mon coeur
Pour la vie

Charles Trenet

Beyond The Sea

Somewhere beyond the sea
Somewhere waiting for me
My lover stands on golden sands
And watches the ships that go sailing

Somewhere beyond the sea
She's there watching for me
If I could fly like birds on high
Then straight to her arms I'd go sailing

It's far beyond a star
It's near beyond the moon
I know beyond a doubt
My heart will lead me there soon

We'll meet beyond the shore
We'll kiss just as before
Happy we'll be beyond the sea
And never again I'll go sailing
I know beyond a doubt
My heart will lead me there soon

We'll meet I know we'll meet
Beyond the shore
We'll kiss just as before
Happy we'll be beyond the sea
And never again I'll go sailing

Together we'll be just you and me
Beyond the sea

Mais curioso ainda, foi saber através do site da Wikipedia , um site que contém informação sobre tudo e que utilizo para pesquisas científicas, que esta canção de Charles Trenet faz, também, parte da banda sonora do filme Beyond the sea, aparece, também, na banda sonora num dos episódios da excelente série (a única que acompanho na TV portuguesa) Lost (Perdidos). Mas a esta série, ir-me-ei dedicar futuramente.

terça-feira, maio 17, 2005

2 longas semanas de esforço chegadas ao fim

Finalmente, posso sentar-me aqui descansada, sem ter de pensar no maldito relatório, que me disseram que «demorou 2000 anos a fazer». E é bem verdade. Ficou feito e ficou bem feito! Valeu bem a pena o esforço e as horas de sono perdidas para chegar a este momento de prazer e poder escrever, ouvir música e saber que posso ir para a caminha quando bem me apetecer e não, quando tiver de ser. Por pior que seja a fase ou o momento da nossa vida pelo qual estejamos a passar, haverá sempre tempo de convívio e festa, de estar com os amigos e rir, de falar de nada e estar com eles apenas. É muito bom!!!Estou felicíssima por saber que, depois disto tudo, destas duas longas semanas vou voltar a casa para descansar, distrair-me e estar com os amigos, se possível com todos ao mesmo tempo :)
A amizade, quando é verdadeira, é uma coisa do outro mundo (toda a gente o diz e eu assim o sinto). Não há expectativas, não se exige mais do que o que nos podem dar, temos paciência para eles. Mesmo sabendo, às vezes, que nos podem dar muito mais, esperamos calmente até esse momento chegar. Não há pressa porque o percurso é o mais importante. Um fim de semana nunca está perdido, quer os nossos amigos estejam bem, quer estejam mal. Se estiverem em baixo, podemos estar com eles e procurar conversar, animá-los ou, simplesmente, conhecê los melhor e à fase por que estão a passar. Se estiverem bem, ui, então, é uma festa. Aí, até de baixo da ponte se está bem. Para mim não interessa, nem nunca vai interessar o sítio onde se está, desde que esteja bem acompanhada.
Isto parece o discurso de uma pita de 16 anos que está a fazer amizades mais a sério pela primeira vez ou um texto banal sobre um assunto muito gasto. Pouco me importa, apenas exprimo aquilo que sinto e, quando nos sentimos bem, gostamos de partilhar. Não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira vez que me sinto assim e, de certeza, que não será a última. Apenas quero frisar que nesta vida é preciso ter paciência, pois todos os esforços que fazemos darão os seus frutos mais tarde, o tempo é que não anda mais depressa, senão tínhamos de imediato, aquilo por que estávamos a lutar. É preciso calma e muita paciência com as pessoas, com as situações e com nós mesmos. Isto dirige-se também (sobretudo) a mim, eu preciso de me convencer disto, pois perco essa calma e paciência muitas vezes, por saber que os frutos vão ser bons e tenho de esperar para ver. É preciso não entrar em stress quando tudo parece andar para trás, ou desistir por qualquer contrariedade. A paciência compensar-nos-á.
Ao reler isto que escrevi até me pareceu um discurso à Dalai Lama ou de uma pessoa com uma grande experiência de vida ou com doutoramentos em desenvolvimento social e pessoal, o que é uma grande treta! Continuo a escrever mas já me arrependi de ter escrito isto tudo. Acho que isto só faz sentido para mim e se fizer para mais alguém é porque está em sintonia comigo e com aquilo que penso. Sabem, detesto ser julgada, é o que é! E detesto que subestimem algo que é muito importante para mim. Fogo, isto já está muito loongo! Desta vez não saiu bem. Vou culpar a hora tardia e os meus neurónios cansados pela elaboração do relatório. Té à próxima!

domingo, maio 08, 2005

Pai Nosso

Vou-vos apresentar uma figura chamada Pai, que é uma personagem sem dúvida que "se não existisse, teria de ser inventado". Enquanto escrevo isto, em frente ao meu computador, essa figura passa por mim e nem repara que estou a escrever sobre ela. O Pai para além de sofrer de cataratas no olho esquerdo, ao qual foi operado, tem uma mancha negra no canto superior esquerdo do olho direito, o que, segundo Ele, o deixa incapacitado para grande parte das tarefas quotidianas. Para além disso, a memória de elefante que tinha foi comprovadamente reduzida a memória de peixe. Por isso, é perfeitamente natural que, enquanto arruma religiosamente os seus documentos de I.R.S. e a papelada toda nos armários de cima, não só se esqueça de fechar as portas dos armários, como também, que bata com a cabeça em tudo que é sítio, visto que o seu 1m67 (1m70 em tempos áureos) é suficiente para colidir com os vértices das portas dos armários. "Ai, ai, ai, a minha vida!" geme a figura Pai, lembrando-se não só que tem uma grande dor na cabeça careca, como também não vê bem, não tem memória e tem impostos para pagar. Depois de um curativo, que eu tenho que lhe fazer, senta-se no sofá e, das duas uma, ou dorme o resto do dia e a paz regressa temporariamente a casa ou, como uma avestruz, mete a cabeça para baixo até ao nível dos joelhos, com a pouca elasticidade que ainda tem, e geme, amaldiçoando a vida que tem.

Porquê Eureka?

Ora bem, Eureka porque acabei de ter uma ideia relativamente ao assunto dos artigos que irei publicar neste blog. Encontrei finalmente um tema que dá pano para mangas e que tem a ver com a minha vida diária (aos fins-de-semana). Não sei se dá para rir ou para chorar. Pode até ser enfadonho mas acho que é aquilo sobre o que neste momento me apetece mais escrever, nem que seja para aliviar a tensão e o stress, por isso, aqui vai...

Eureka!!!

Eureka = descoberta importante; uma mega ideia :)

Não sei...

Não sei o que fazer com este blog. Já dei voltas e voltas à minha cabeça. Pois, também, um blog criado assim desta forma, não deve ter um futuro muito sorridente. Gostava de ser original, de escrever algo que ainda ninguém tenha escrito (o que é muito difícil com a quantidade de blogs que há por aí). Para mim , um blog não é um diário porque é público, daí que tenha de sentir que estou a escrever alguma coisa que me interesse mas que também possa vir a interessar os demais. Resumindo, é uma causa perdida por isso há que assumir sr.(a) internáutico(a), se quiser ler os artigos que se seguem, será de sua responsabilidade e aviso desde já para a mediocridade e banalidade do que se segue. Mas, também, como diz o povo "quem não quer, não come". Liberdade de expressão e liberdade de leitura!